O dono de um pequeno comércio, amigo de um grande poeta,
abordou-o na rua:
- Meu grande amigo poeta, estou precisando vender o meu sítio,
que o senhor tão bem conhece.
Poderia redigir o anúncio para o jornal?
O poeta apanhou o papel e escreveu: "Vende-se encantadora
propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada
por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol
nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".
Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia
vendido o sítio.
- Nem pense mais nisso, disse o homem. Quando li o anúncio é que
percebi a maravilha que tinha.
Moral da história:
Às vezes, não descobrimos as coisas
boas que temos e vamos longe, atrás da miragem de falsos tesouros.